sábado, 17 de abril de 2010

Sites educativos - Educar para Crescer

Veja os sites mais indicados para a Educação, de acordo com alguns especialistas.


Sites educativos - Educar para Crescer

Pesquisa mostra que estresse no trabalho prejudica a voz do professor

O estresse no trabalho aumenta de 6 a 9,5 vezes a possibilidade de o professor se tornar incapaz para o trabalho, pois é um dos fatores que influencia em problemas de voz em docentes. Essa é uma das conclusões de pesquisa feita pela fonoaudióloga Susana Giannini, da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo). Cansaço na fala, ficar sem voz, ter rouquidão ou apresentar coceira, pigarro e dor na garganta são alguns dos sintomas.
As alterações na voz ocorrem por três fatores principais: o pessoal, que são os cuidados básicos com a voz, a alimentação, a qualidade do sono, a hidratação (tomar goles de água enquanto fala) e o exercício de aquecimento vocal antes do início da aula; os ruídos provocados por classes numerosas ou por indisciplina; e as condições de trabalho e de ambiente.
Os distúrbios de voz atingem de 60% a 70% dos professores; na população em geral, o índice é de 11%. Mesmo diante deste porcentual elevado, a maioria dos profissionais não procura orientação ou demora muito para buscar ajuda. Sem orientação e prevenção, a doença tende a se agravar, até incapacitar o professor de dar aula. Quando isso ocorre, o professor é obrigado a interromper a carreira, às vezes precocemente, e passa a fazer trabalho burocrático, explica Susana.
Com o adoecimento vocal, o professor perde a qualidade da voz e isso interfere no aprendizado dos alunos. Outro agravante é que o docente precisa arcar com as despesas médicas para o tratamento e perde benefícios que receberia se continuasse a exercer a função. Isso ocorre pois o distúrbio não é reconhecido pela Previdência Social como doença ocupacional --embora a OIT (Organização Internacional do Trabalho) considere a categoria como a que tem maior risco de ficar sem voz.
Se o distúrbio for considerado como doença ocupacional, haverá aprimoramento do diagnóstico e do tratamento dos docentes, diz a pesquisadora.

Pesquisa

Para confirmar se o estresse era uma causa da doença na voz, a fonoaudióloga avaliou 167 professores de ensino infantil, fundamental e médio com distúrbios de voz na cidade de São Paulo. Depois, comparou o resultado com 105 colegas saudáveis, provenientes das mesmas escolas.
O estudo constatou, por estatística, que há relação entre ter distúrbios vocais e estresse provocado pela organização do trabalho. Professor com distúrbio vocal tem de 6 a 9,5 vezes mais probabilidade de perder condições de executar seu trabalho antes de chegar à aposentadoria. O estresse foi medido pelos níveis de excesso de trabalho e pela falta de autonomia sobre este.
Quase 70% dos que tinham problemas vocais apresentaram excesso de trabalho, mostrando que a pressão para realizá-lo era média ou alta. Nos professores saudáveis, a porcentagem foi 54,4%. Em relação à autonomia, 73% dos professores com distúrbio de voz mostraram ter pouca ou média autonomia sobre o trabalho. No outro grupo, a porcentagem foi de 62,1%.


Fatores de risco

Os fatores de risco devem ser considerados conforme a intensidade, o tempo de exposição, a duração do ciclo de trabalho, a distribuição das pausas ou a estrutura de horários, entre outros. São agrupados nas categorias organizacional, biológica e ambiental:
  • Organizacional – Jornada de trabalho prolongada; sobrecarga, acúmulo de atividades ou de funções; demanda vocal excessiva; ausência de pausas e de locais de descanso durante a jornada; falta de autonomia; ritmo de trabalho estressante; trabalho sob forte pressão e insatisfação com o trabalho e/ ou com a remuneração.
  • aspectos biológicos da voz – São as alterações advindas da idade, alergias, infecções de vias aéreas superiores, influências hormonais, medicações, etilismo, tabagismo e falta de hidratação.
  • ambiental – Os fatores ambientais incluem riscos físicos (ruídos, desconforto e choque térmico, dentre outros) e riscos químicos (exposição a produtos irritativos de vias aéreas e presença de poeira ou fumaça no local de trabalho).
Fonte: Uol Educação

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Café depois do almoço diminui o risco de diabetes

Quem toma café depois do almoço tem menor risco de desenvolver diabetes tipo 2, segundo uma pesquisa realizada por pesquisadores do Brasil e da França com 70 mil mulheres. Conforme analisado, as mulheres que tomavam uma xícara pequena ou mais café depois da refeição tiveram um risco 34% menor de desenvolver a doença. O efeito foi observado em café com ou sem açúcar, cafeinado ou não. Já para quem bebia café fora do horário de almoço, não foi observado diminuição do risco de desenvolver a doença.

Há duas explicações possíveis: o café pode ter diminuído o risco de diabete por retardar ou reduzir a absorção de uma parte da glicose adquirida no almoço. Ou a bebida pode ter protegido a doença porque, depois do almoço, costuma ser tomada sem leite. A pesquisa mostrou que apenas o café sem leite reduziu o risco.

Porém ainda faltam mais estudos para que os profissionais de saúde possam afirmar, de fato, que beber café depois do almoço diminui a diabete. "Ainda precisamos de um maior número de estudos para chegar a uma recomendação. Há estudos de intervenção em andamento em algumas partes do mundo e estes resultados poderão esclarecer os mecanismos envolvidos no efeito da bebida no risco de diabetes," afirmou Daniela Sartorelli, nutricionista e professora da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

Apesar de haver pelo menos 17 estudos mostrando que o café reduz o risco de desenvolver diabetes, esta pesquisa foi a pioneira ao demonstrar que o horário em que o café é consumido pode interferir no efeito.

Fonte: O Povo Online